No último sábado fui dar uma volta pelo Jardim Botânico. A última (e única) vez que eu fui parar lá eu devia ter uns 11 ou 12 anos.
Uma coisa ninguém é capaz de contestar: o lugar é bonito. Nem parece que se encontra na quente e tumultuada cidade do Rio de Janeiro. Eu e minha namorada já estávamos há meses tentando ir lá, mas sempre desistíamos, por um motivo ou por outro.
Seguem algumas fotos (clique nelas para ver em tamanho ampliado):
E foi isso aí. Foi um dia muito agradável, recomendo à todos.
Uma coisa ninguém é capaz de contestar: o lugar é bonito. Nem parece que se encontra na quente e tumultuada cidade do Rio de Janeiro. Eu e minha namorada já estávamos há meses tentando ir lá, mas sempre desistíamos, por um motivo ou por outro.
Seguem algumas fotos (clique nelas para ver em tamanho ampliado):
Essa foi a primeira foto que tiramos. Por todo o Jardim há bebedouros como esse. Se a água de beber? Sei lá, não perguntei a ninguém. Mas não deve ser meramente ornamental. | |
Esse é o pórtico de entrada do Jardim Japonês. Um verdadeiro cantinho de Japão em miniatura bem ali, logo próxima à entrada | |
O outro lado do pórtico (fico devendo a tradução da placa) | |
Eu me amarro nessas fontes japonesas | |
Um lago cheio de Carpas. Uma maior que a outra. De acordo com a Ângela: "quanta gente cada uma não deve alimentar". :D | |
Um jardim de areia. Olhando de perto parecem até pedras de sal grosso. | |
Mais uma fonte, no Jardim Japonês. A água é tão cristalina, que dava até vontade de beber. Mas, sabendo como a nossa água encanada é "pura", faltou coragem de tentar. :P | |
Uma foto geral do lago no Jardim Japonês. Bonito, não? | |
Achem o esquilo. | |
Tá, achar o esquilo aí em cima foi fácil. Quero ver é achá-lo agora. :D | |
Caçador Narciso e Ninfa Eco - Memorial Valentim. Segue abaixo o escultor e sua obra, que está exposta em uma estufa no Jardim Botânico. Artigo tirado do site "Ciência Hoje das Crianças": O amor de Eco e Narciso no Brasil Conheça a lenda grega que inspirou duas obras de um de nossos maiores escultores! Todos os povos têm sua mitologia, suas explicações para a criação do mundo e das coisas. Na cultura dos gregos e dos romanos, sempre conviveram deuses, semideuses -- que eram fruto da união de humanos com deuses -- e heróis. Suas histórias fabulosas até hoje nos influenciam e são fonte inesgotável de inspiração para os criadores: artistas, cientistas, pensadores etc. Mestre Valentim, arquiteto e escultor que viveu no Brasil no século 18, foi um dos inúmeros artistas que se sentiu inspirado a criar a partir da mitologia grega. Quando construiu o chafariz das Marrecas, que ficava no Passeio Público, junto ao Morro de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, ele o enfeitou com duas pilastras laterais, uma com a escultura da ninfa Eco e outra com o caçador Narciso. Estas foram as primeiras grandes peças de metal fundidas no Brasil. Pela mitologia, Eco, ninfa das fontes e florestas, era bem bonita, mas tinha um defeito: falava demais. Além de tagarela, gostava de ter sempre a última palavra numa discussão. Ela despertou a ira de Hera, esposa de Zeus, ao tentar distraí-la com sua conversa fiada para que a rainha dos deuses não desconfiasse de que o marido a traía com outras ninfas. Hera descobriu a trama e resolveu castigar Eco: lançou-lhe uma maldição que a impedia de ser a primeira a falar, ela era capaz somente de repetir palavras ditas por outros. Um dia, num de seus passeios, acompanhando Diana, rainha da caça, Eco encontrou Narciso, um jovem de deslumbrante beleza. Apaixonada, desejou falar-lhe, expressar seu amor, mas, graças ao castigo de Hera, isso não era possível. Só lhe restava, então, esperar que o rapaz lhe dirigisse a palavra. Esperou impacientemente. Até que um dia, durante uma caçada, distanciando-se de seus companheiros, Narciso perguntou: "Tem alguém aí?" E Eco respondeu: "Aí!". Narciso olhou em volta, não viu ninguém. Gritou: "Vem!". E Eco: "Vem!" Eco correu em direção a Narciso, doida para se jogar em seus braços. Mas o jovem saiu correndo, apavorado. E lhe disse palavras cruéis. Que preferia morrer a se deixar possuir por Eco. Bem, aqui é preciso contar um pouco da história de Narciso... Belo como era, ele fazia enorme sucesso entre as ninfas, mas não dava a menor atenção às paqueras. Até que uma das ninfas desprezadas por ele, inspirada por Nêmesis, deusa da vingança, rogou-lhe uma praga. Vocês já viram que isso era moda naquele tempo... A praga era de que ele padecesse também das dores do amor não correspondido, apaixonando-se pela própria imagem. Aliás, esse triste destino já havia sido previsto pelo adivinho cego Tirésias, consultado pelos pais de Narciso quando este nasceu. Tirésias profetizou que a criança viveria muito somente se jamais visse o próprio rosto. Certo dia, fatigado ao fim de mais uma caçada, Narciso foi descansar junto a uma fonte de águas cristalinas. Com sede e calor, debruçou-se sobre as águas claras e deu de cara com uma imagem, que achou irresistível. Pensou tratar-se de um espírito das águas, sem ter idéia de que caíra de amores por si mesmo. Tentou abraçar e beijar a imagem, mas, com a proximidade, esta sumia. Assim que ele se afastava, a imagem retornava, renovando seu desejo. E assim Narciso ficou um longo tempo, desesperando-se com a rejeição. Não podia compreender por que todas as ninfas o adoravam, menos aquele ser pelo qual se apaixonara. Tomado de tristeza, foi perdendo o vigor e a beleza. Suas lágrimas caíam na água e turvavam sua imagem. Sem forças, acabou morrendo de inanição. Em seu lugar surgiu uma flor roxa, rodeada de folhas brancas, que tem o nome de narciso. E Eco? Após ser desprezada por Narciso, ela fugiu envergonhada para as montanhas. Passou a viver nas grutas e entre os rochedos. Seu corpo definhou e os ossos transformaram-se em rochedos. Dela restou apenas a voz. Por isso, ainda hoje a ouvimos responder a quem grita em sua direção, mantendo o hábito de dizer a última palavra. O reencontro dos amantes
Essa história de final infeliz, que emocionou mestre Valentim, teve, muitos e muitos anos depois, um desfecho menos trágico em nosso país. Após a demolição do chafariz das Marrecas, em 1896, as duas lindas esculturas criadas por ele foram transferidas para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Entretanto, foram dispostas em cantos distantes. Vendo isso, o escritor Antonio Callado, que gostava muito de visitar o parque, teve a idéia de unir novamente Eco e Narciso. Escreveu sobre o assunto nos jornais e conseguiu que os amantes se reunissem. Hoje, quem for ao Jardim Botânico, vai encontrar as duas estátuas bem juntinhas uma da outra. Prontas para inspirar outros artistas com suas histórias cheias de voltas e reviravoltas. Quem foi Mestre Valentim? Valentim da Fonseca e Silva, o mestre Valentim, é considerado um dos maiores artistas brasileiros do século 18, ao lado de Aleijadinho. Os dois tinham algo mais em comum: eram ambos mineiros e mestiços. Filho de um fidalgo português negociante de diamantes com uma brasileira, o mulato Valentim nasceu no Serro, em Minas Gerais, no ano de 1745. Bem pequeno foi levado pelo pai para Portugal. Lá, aprendeu o ofício de escultor e entalhador. Ao retornar ao Brasil, em 1770, abriu uma oficina no Rio de Janeiro. Nessa época, a cidade havia se tornado capital do vice-reino português e um centro difusor de cultura para todo o país. Durante a gestão do vice-rei Dom Luís de Vasconcelos, entre 1779 e 1790, mestre Valentim foi o principal construtor de obras públicas, atuando nas áreas de saneamento, abastecimento e embelezamento urbano. É deste período um de seus principais trabalhos, o Passeio Público, que, inaugurado em 1783, foi o primeiro parque ajardinado do Brasil, criado com a idéia então inovadora de proporcionar uma área de lazer para a população. Além de projetar seu traçado retilíneo e geométrico, mestre Valentim o ornamentou com lagos artificiais, pirâmides e a famosa Fonte dos Amores. Descrito pelo grande folclorista Câmara Cascudo como "mestiço, fusco e genial", mestre Valentim morreu em 1813, tendo realizado, ainda, importantes obras para igrejas, como a Igreja do Carmo e a capela-mor da Igreja de São Francisco de Paula também no Rio de Janeiro. Ciência Hoje das Crianças 141, novembro 2003 Sheila Kaplan, Especial para Ciência Hoje das Crianças | |
Instalado na antiga Estufa das Violetas, o Memorial homenageia o artista Valentim da Fonseca e Silva, o Mestre Valentim, natural de Minas Gerais. No Memorial estão expostas suas obras: a Ninfa Eco, o Caçador Narciso e as Aves Pernaltas. Ninfa Eco e Caçador Narciso são as primeiras obras em metal fundido no Brasil, em liga de estanho e chumbo. Vieram da demolição do Chafariz das Marrecas, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. As Aves Pernaltas, fundidas em liga de bronze, enfeitam o Passeio Público. Foram trazidas pelo diretor Barbosa Rodrigues e instaladas no saguão do Museu Botânico em 1905 | |
O lugar é cheio de Aléias assim (é como chamam as "ruas" por lá): com um corredor de árvores majestosas ladeando as vias. Muito bonito. | |
Posando para a fotógrafa. A placa ao lado da ponte vem na próxima foto. | |
Uma mini-colméia de abelhas sobre a placa. A Natureza, quando preciso, se adapta às circunstâncias. Não deixa de ser curioso. | |
Ofuscado pela luz. | |
Essa portal foi removido da Academia de Belas Artes, em 1938. Criação do arquiteto francês Grandjean de Montigny. | |
A quantidade de bambuzais por lá é impressionante. Parece até que ainda estamos no Jardim Japonês. Ou então que estamos passeando por algum lugar na China. Me lembra muito os filmes O Tigre e o Dragão e O Clã das Adagas Voadoras. | |
A fotógrafa é tímida. :D | |
Foto ao acaso, tirada durante a pausa para o lanche. | |
Agora, uma coleção de fotos tiradas no orquidário, com plantas de vários cultivadores expostas. Algumas até mesmo ganhadoras de prêmios: | |
Mais pose para a fotógrafa. Agora no Bromeliário. Essa fonte tem uma água tão cristalina e refrescante, que dá até vontade de mergulhar lá dentro. Muito show. :D | |
Pausa para observar uns papagaios que estavam fazendo balbúrdia ali por perto, no alto das árvores. Esse lago fica lá no fundo do Jardim, e pensávamos até que fosse a Região Amazônica. Ledo engano: a Região Amazônica ficava logo ao lado do Jardim Japonês, e nem vimos. Aliás, teve muito que não vimos, como o chafariz central, porque o lugar é grande. | |
Flagrando (ou melhor, tentando flagrar) os papagaios em pleno vôo. | |
Um orixá cujo nome eu desconheço. Próximo aos papagios. | |
Mais uma fonte. É o que nã falta lá. O lugar ao redor era cheio de lagartos como os da foto ao lado. | |
Sim é um peixe. Sim, ele é de verdade. A princípio também achei que era falso, mas era um peixe mesmo. Estranhíssimo, ele ficava paradinho, só olhando para a beira do lago (a foto do lago vem abaixo). No mínimo esperando que alguém jogasse comida para ele. | |
Lago Frei Leandro. O efeito do reflexo no espelho d'água deu um visual legal. | |
Mesa do Imperador (é o nome que tem - é sério). :D | |
E para encerrar, uma foto final do Lago Frei Leandro, com um belo efeito de raios de sol na imagem. |
Um comentário:
Esse dia foi muito bom mesmo! É um lugar lindo, de grande paz! E até que tirei algumas fotos que prestassem ...rs... Beijos!
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